Se todas flores do mundo fossem iguais
Não seriam flores,
Seriam retratos-pastel de bibelôs feios.
Tristonho seria o bater do peito
E essa minha necessidade de amar se ia.
A pêra já não molharia as bocas túrgidas
E o carrossel giraria em tons de cinza
Opondo-se à poesia.
No entanto, sei que toda flor é única,
Das mais variadas quentes cores,
E que por isso nunca será uma igual à outra.
Nos jardins os bálsamos suavizam o revés
E os anjos cirandam pelo novo dia.
Meu fado plantou-me uma Flor perfeita
E por saber que a primavera da vida é bela
É que o amanhã me vem colorido.
L. Valdez - e. p.
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