sexta-feira, outubro 27, 2006
quarta-feira, junho 14, 2006
Reta
Por momentaneamente vazio.
O corpo pára salubril em descompasso
Estando longe daquela que recreia.
Pedras que n'água tocam barulham
Deixando o pensar que não se aquieta
Fazendo sobrar aqui - a falta.
L. Valdez
O corpo pára salubril em descompasso
Estando longe daquela que recreia.
Pedras que n'água tocam barulham
Deixando o pensar que não se aquieta
Fazendo sobrar aqui - a falta.
L. Valdez
domingo, abril 02, 2006
sábado, abril 01, 2006
domingo, março 19, 2006
sábado, março 11, 2006
terça-feira, março 07, 2006
O Segredo
Fito os olhos em minhas mãos e vejo o passar;
O passar de tudo que se sabe e não se pode.
Uma nau se distancia deixando um fio de espuma;
Espuma-branca que se dissipa - vindo a ser água.
A coluna cervical assim sinuosa se prende;
Se prende a desenhos de coisas que não existem.
Meu medo equilibrista a mim mesmo faz-me morto;
Morto-suicídio rijo - triste no tempo vil perdido.
L. Valdez
O passar de tudo que se sabe e não se pode.
Uma nau se distancia deixando um fio de espuma;
Espuma-branca que se dissipa - vindo a ser água.
A coluna cervical assim sinuosa se prende;
Se prende a desenhos de coisas que não existem.
Meu medo equilibrista a mim mesmo faz-me morto;
Morto-suicídio rijo - triste no tempo vil perdido.
L. Valdez
sábado, fevereiro 25, 2006
24, Novembro.
Tênue está o tempo
Que sorri junto ao vento que rodeia.
Deixemos a vida.
Sinto a língua em fogo,
Extinto outrora com o bater do sino.
Ouço a lira em maravilha,
A estremecer o ser que hoje felicita.
Tingido foi juízo
Que canta em delícia sob enlevamento.
Matemos a sede.
Alimento um órfão que chora,
Esquecido na rua triste do dia.
Sonho breve com o sol do Egito,
Incessante infinito na noite do Nilo.
L. Valdez
Que sorri junto ao vento que rodeia.
Deixemos a vida.
Sinto a língua em fogo,
Extinto outrora com o bater do sino.
Ouço a lira em maravilha,
A estremecer o ser que hoje felicita.
Tingido foi juízo
Que canta em delícia sob enlevamento.
Matemos a sede.
Alimento um órfão que chora,
Esquecido na rua triste do dia.
Sonho breve com o sol do Egito,
Incessante infinito na noite do Nilo.
L. Valdez
domingo, fevereiro 19, 2006
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
terça-feira, janeiro 31, 2006
terça-feira, janeiro 03, 2006
quinta-feira, dezembro 22, 2005
O crepúsculo das cores
Se todas flores do mundo fossem iguais
Não seriam flores,
Seriam retratos-pastel de bibelôs feios.
Tristonho seria o bater do peito
E essa minha necessidade de amar se ia.
A pêra já não molharia as bocas túrgidas
E o carrossel giraria em tons de cinza
Opondo-se à poesia.
No entanto, sei que toda flor é única,
Das mais variadas quentes cores,
E que por isso nunca será uma igual à outra.
Nos jardins os bálsamos suavizam o revés
E os anjos cirandam pelo novo dia.
Meu fado plantou-me uma Flor perfeita
E por saber que a primavera da vida é bela
É que o amanhã me vem colorido.
L. Valdez - e. p.
Não seriam flores,
Seriam retratos-pastel de bibelôs feios.
Tristonho seria o bater do peito
E essa minha necessidade de amar se ia.
A pêra já não molharia as bocas túrgidas
E o carrossel giraria em tons de cinza
Opondo-se à poesia.
No entanto, sei que toda flor é única,
Das mais variadas quentes cores,
E que por isso nunca será uma igual à outra.
Nos jardins os bálsamos suavizam o revés
E os anjos cirandam pelo novo dia.
Meu fado plantou-me uma Flor perfeita
E por saber que a primavera da vida é bela
É que o amanhã me vem colorido.
L. Valdez - e. p.
quarta-feira, dezembro 21, 2005
Metade
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que eu acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda, que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que penso, mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que eu fui, a outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba,
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade também.
Oswaldo Montenegro
Que a morte de tudo que eu acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda, que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que penso, mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que eu fui, a outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba,
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade também.
Oswaldo Montenegro
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